Há duas semanas, me perguntaram no Twitter se eu pertencia ao Edward Team ou ao Jacob Team. Como, até então, não tinha conhecimento enciclopédico suficiente para construir sentido ao que me foi perguntado, e, na tentativa de não parecer ignorante, respondi com o silêncio. Em vão. Na rede de microblogs, insistentemente permaneceu ecoando de meus seguidores o mesmo coro e eu sem nada entender. Havia o mundo se dividido em dois grandes grupos e nada me foi avisado?
Em um site de aglomerados, encontrei a chave de tudo. A tal divisão, longe de ser prenúncio de uma nova guerra, era reflexo da estréia mundial “Lua Nova”, continuação de “Crepúsculo”, blockbuster adolescente que virou fenômeno mundial, e que arrecadou mais de 200 milhões de dólares nos primeiros 10 dias de exibição nos Estados Unidos. No primeiro filme da série inspirada nos livros de Stephenie Meyer, Bella (Kristen Steward), uma adolescente solitária, se apaixona pelo vampiro Edward (Robert Pattinson). Agora, com a nova versão, Jacob (Taylor Lautner), um humano por vezes lobo, se torna vértice de um triângulo amoroso entre a garota humana e seres sobrenaturais.
A novidade do segundo filme dividiu os fãs: uns acreditam que Bella deva seguir firme com o amor pelo pálido Edward; outros defendem que ela deva ceder aos músculos do corajoso Jacob. Aos não-fãs, sobraram os 130 minutos de um filme com diálogos pobres e interpretações sofríveis.
Publicado dia 04/12/2009, na coluna CineComentário, Caderno Na Mira, de O Estado do Maranhão